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Alimentação para enxaqueca: como a nutrição pode reduzir crises e melhorar sua qualidade de vida

  • Foto do escritor: Aline Carvalho
    Aline Carvalho
  • 9 de set.
  • 5 min de leitura

Atualizado: 29 de set.

Muitas pessoas convivem com dores de cabeça frequentes e acabam chamando todo tipo de dor nessa região de “enxaqueca”.


Só que existe uma diferença importante entre as duas condições.


Alimentação para enxaqueca


O que diferencia enxaqueca de dor de cabeça


A dor de cabeça comum costuma ser passageira, de intensidade leve a moderada, e pode estar relacionada a fatores simples, como noites mal dormidas, desidratação ou até tensão muscular.


a enxaqueca é considerada uma doença neurológica crônica.


Ela aparece em crises recorrentes, pode durar horas ou até dias, e normalmente vem acompanhada de sintomas adicionais como sensibilidade à luz, enjoo, visão turva, "aura enxaquecosa" e dificuldade de concentração.


Essa diferença é o que faz com que a enxaqueca atrapalhe tanto a rotina, principalmente quando se acumula com a sobrecarga do trabalho, os compromissos familiares e a falta de tempo para descansar.



Comportamentos que pioram a enxaqueca


Se você já passou pela experiência de ter uma crise justamente no dia em que precisava entregar algo importante, sabe como os hábitos do dia a dia têm peso nessa condição.


Pequenas escolhas podem desencadear ou intensificar a dor:


  • Passar muitas horas em jejum.


  • Exagerar no café para dar conta da rotina.


  • Comer alimentos industrializados por falta de tempo ou paciência para cozinhar.


  • Dormir menos para tentar resolver tudo em um único dia.


  • Desidratação por beber menos água do que precisa.


Tudo isso gera impacto na química do cérebro, no equilíbrio hormonal e nos processos inflamatórios do corpo. A enxaqueca é sensível a esse conjunto de fatores.


Entenda como funciona o tratamento nutricional para enxaqueca a seguir.


Enxaqueca com aura

O tratamento nutricional da enxaqueca


O tratamento da enxaqueca pela alimentação é basicamente identificar o que aumenta as chances de crise no seu caso específico e ter um plano de ação para lidar com a dor, mas, acima de tudo, prevenir crises pela mudança do comportamento alimentar e dos hábitos de autocuidado.


Não existe um gatilho único de enxaqueca para todas as pessoas, mas existe um conjunto de fatores com maior probabilidade de serem causadores ou intensificadores da dor.


O que desperta a crise em uma mulher pode não ter efeito algum em outra.


Por isso, o acompanhamento nutricional é essencial.


É através dele que se constrói o passo a passo personalizado.


A nutricionista utiliza ferramentas específicas para ajudar a identificar quais são os gatilhos inflamatórios no seu dia a dia. Esse processo exige registro, observação e adaptação para ajustes assertivos, que respeitam gostos pessoais, rotina e momento de vida.


Além disso, existem pontos fundamentais que fazem parte do plano de tratamento.



  1. Identificar gatilhos inflamatórios


Esse é o primeiro passo.


Entre as ferramentas utilizadas pela nutricionista estão:


  • Diário alimentar temporário, onde se registra não apenas o que foi comido, mas também o horário, a situação e como o corpo reagiu.


  • Escalas de dor e sintomas, que ajudam a correlacionar intensidade das crises com determinados alimentos ou contextos.


  • Softwares de monitoramento nutricional, que facilitam a análise de padrões escondidos na rotina.


  • Análise de exames específicos, para buscar diretamente as possíveis "raízes" do problema.


  • Testes de exclusão e adição de alimentos estratégicos nos hábitos alimentares.


Esse mapeamento mostra conexões que muitas vezes passariam despercebidas no dia a dia corrido.



  1. Tratar intolerâncias ou alergias


Muitas mulheres com enxaqueca apresentam intolerância à lactose, ao glúten ou a outros componentes alimentares. A confirmação vem através de exames solicitados e analisados pela nutricionista em conjunto com outros profissionais de saúde, se necessário.


Caso o exame seja muito caro para a condição financeira do paciente, será necessário passar por um período de exclusão e adição de certos alimentos, em contextos e janelas de oportunidade específicas para cada caso.


O acompanhamento nutricional entra como uma garantia de que não sentirá fome, nem deixará de ter prazer na alimentação, enquanto há a investigação prática.


Quando essas condições são identificadas, o ajuste alimentar é direto: retirar, reduzir ou substituir o que causa inflamação e oferecer opções seguras, possíveis e saborosas.



  1. Ajustar hábitos e comportamentos


Ferramentas da psicologia comportamental e da neurociência dos hábitos são aplicadas para transformar escolhas automáticas em decisões conscientes.


Mudanças de comportamento alimentar mais relevantes:


  • Evitar o pico da glicemia pelo consumo excessivo e desequilibrado de alimentos com maior carga glicêmica.


  • Não seguir dieta cetogênica a médio e longo prazo.


  • Evitar alimentos ultraprocessados ricos em sódio, conservantes, açúcares refinados, gordura saturada e gordura trans.


  • Evitar jejum em longos períodos, principalmente fora do turno da noite.


  • Respeitar as alergias e intolerâncias que você tem, e não consumir alimentos que desencadeiem crises inflamatórias.



  1. Suplementar deficiências nutricionais


Deficiências de magnésio, vitamina D, vitamina B2 (riboflavina) e coenzima Q10 são comuns entre pessoas que sofrem de enxaqueca. O diagnóstico deve ser feito a partir de exames laboratoriais.


A suplementação, quando necessária, pode reduzir a frequência e a intensidade das crises.



  1. Adicionar alimentos anti-inflamatórios às receitas já conhecidas


Mudanças drásticas tendem a gerar frustração e abandono do tratamento. Por isso, o ideal é inserir alimentos anti-inflamatórios dentro da própria rotina alimentar.


Um exemplo prático é acrescentar cúrcuma em preparações já usadas, trocar parte da farinha de trigo por aveia em receitas caseiras ou enriquecer saladas com sementes de abóbora. O corpo recebe suporte sem que a vida vire de cabeça para baixo, do dia pra noite.



  1. Trocar alimentos inflamatórios por versões menos prejudiciais


Esse é um processo que precisa de orientação profissional, devido ao avanço da indústria e a da tecnologia de alimentos.


Produtos que antes tinham sua composição mais nociva à saúde, hoje têm versões adaptadas às necessidades nutricionais da população, assim como produtos que são considerados saudáveis podem ter uma atuação mais inflamatória para algumas pessoas.


A nutricionista é a única profissional da saúde cujo foco de estudo e prática está totalmente voltado para fazer a teoria da Nutrição caber na vida do paciente, facilitando a adesão às novas escolhas.



  1. Suporte nutricional para tratamento farmacológico de enxaqueca


Durante uma crise, substâncias como o CGRP, que dilatam os vasos sanguíneos, são liberadas. Esse processo aumenta a inflamação neurogênica e contribui para a intensidade da dor da enxaqueca.


Alguns medicamentos agem diretamente nos mecanismos do nosso cérebro que estão associados à dor, com maior destaque para a ação da serotonina, mas a escolha ideal sempre vai depender da estratégia que seu médico recomendar após análise do seu caso em específico, já que os gatilhos da enxaqueca variam para cada pessoa.


Além dos remédios, é fundamental lembrar que o corpo precisa de matéria-prima para produzir serotonina.


Nutrientes como triptofano, vitaminas do complexo B e minerais estão diretamente ligados à síntese desse neurotransmissor.



Nutrição para enxaqueca



Nutricionista comportamental no tratamento da enxaqueca


A enxaqueca é um desafio, mas pode ser controlada quando existe acompanhamento interdisciplinar adequado.


A nutrição comportamental é uma abordagem que alia ciência da alimentação com estratégias de mudança de comportamento, ajudando a transformar hábitos, lidar com gatilhos emocionais, e tornar as escolhas possíveis dentro da rotina.


Ao contratar uma nutricionista comportamental, você encontra um caminho estruturado para entender como ajustar sua alimentação sem radicalismos e reduzir a frequência das crises de enxaqueca.


O resultado vai além da diminuição da dor: melhora a energia, o foco e a qualidade de vida.



Aline Angela C. de A.

Nutricionista Clínica Comportamental em Curitiba

CRN-8 18431

Curitiba/PR

Atendimento online e presencial


 
 
 

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